quinta-feira, 26 de julho de 2012

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50 TONS DE MULHERES MALQUERIDAS



Vocês já estão lendo 50 Tons de Cinza, de E. L. James? O romance erótico acabou de ser traduzido e já é o maior sucesso! Para quem ainda não está por dentro vamos ajudar: Anastasia Steele entrevista o jovem, lindo e bem-sucedido empresário Christian Grey. Ela está completamente atraída por ele e tudo fica mais complicado ao perceber que sua atração é correspondida. Grey é muito misterioso e logo que Anastasia começa a ter um caso amoroso com ele, ela descobre uma de suas peculiaridades: ele apresenta um contrato em que ela seria sua submissa (ele teria controle sobre sua vida: quantas horas ela dorme, sua dieta,  seu condicionamento físico, suas roupas, etc). O livro é emocionante e bem apimentado.
Mas o que nós queremos perguntar é o seguinte: vocês aceitariam um contrato como esse? Não seria difícil de submeter a todas as ordens de um parceiro? Ainda mais se ele fosse muito rico e quisesse controlar todos os seus passos e comprar de tudo para você! É um dilema, não é?
Será que Anastasia Steele é uma mulher malquerida? Deem uma olhada no que a psicanalista Mariela Michelena diz:

"Para Simone de Beauvoir, o estilo de amar considerado 'tipicamente feminino' é a consequência inevitável da situação de desvantagem social em que se encontra a mulher, uma situação de dependência que a impede de situar-se na vida como sujeito e ser protagonista de sua história. Segundo seu ponto de vista, a mulher, condenada a depender de um homem, não teria outra alternativa que transformar esse homem num deus, e, a partir daí, converter sua condição de escrava numa virtude, e o amor, em sua única razão de ser."

Porém a protagonista do livro, Anastasia, não é completamente submissa e dependente, apesar de sua situação chegar bem perto da descrição acima. Mas Mariela continua afirmando que a posição da mulher atualmente mudou e as mulheres conquistaram um lugar próprio no mundo e mesmo assim elas continuam sofrendo por amor.

"O amor é maravilhoso; sem dúvida, consideraria um verdadeiro fracasso se ficassem com a ideia de que é preciso se proteger do amor; mas às vezes, seu brilho não deixa ver a realidade, e sem saber nem como, nem o porquê, dá-se conta de que se está envolvida num relacionamento desastroso, e que esse 'deus', a quem tantos sacrifícios você ofereceu, a quer de uma maneira retorcida."

E então, o que vocês dizem? O amor de Christian Grey é um mau amor?
Leiam o livro Mulheres Malqueridas e reflitam um pouco, afinal encontrar um Sr. Cinquenta Tons de Cinza na vida real seria muito difícil e se essa situação acontecesse talvez não seria tão maravilhoso tornar-se submissa...

2 comentários:

  1. Nunca aceitaria um contrato como esse, nem estando louca de pedra. Se sujeitar as vontades de um homem louco. O que é proposto não é amor, é uma doença, o cara é problemático, que enlaça uma otária besta. Dando confiança a quem já tem carácter obscuro, é querer sofrer de besta.

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    1. + aí está o legal da história Carlinha..... a Anastásia n tm se qr um osso submisso, e percebendo isso, Grey, se molda a ela da forma q ele se permite, e se abre a ela de um jeito q nunca fez p ninguém..... axo q isso é q faz a história ser perfeita. Q mesmo ele sendo um Dom, ele está disposto a ser flexível a algo novo e desconhecido q são os sentimentos q ele tem + que n consegue entender..... eu vejo q o Grey apesar de ser controlador, está tão perdido nesse relacionamento como a Anastásia esta cm medo. estou ABSOLUTAMENTE apaixonada pela história, n só pelo fato novo de abordar a relação dom/sub de um jeito + leve, + sim pelo comprometimento dos personagens a se permitirem em se envolver em algo diferente do que estão acostumados.

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